A história do Criciúma Esporte Clube começa com um nome diferente em 13 de maio de 1947, sendo chamado de Comerciário Esporte Clube. Um grupo de jovens se reuniu com a intenção de criar uma equipe de futebol para efetuar suas peladas aos finais de semana. Estiveram presentes nesta primeira reunião: Lédio Búrigo, Carlos Augusto Borba, Hercílio Guimarães, Mário Tuffi, Homero Borba, Ruy Possavante Rovaris (Carlitos), José Carlos Medeiros, Nelson Garcia e Jacó Della Giustina.
A notícia do surgimento de uma nova equipe despertou interesse de muita gente, sobretudo, em um ponto de encontro tradicional na cidade. Depois daquela reunião, outras aconteceram, até que os amigos conseguiram definir o nome, as cores do uniforme e outras temáticas pertinentes ao novo time. A primeira diretoria teve a responsabilidade de elaborar o primeiro estatuto. A primeira assembleia geral aconteceu no dia 8 de setembro de 1947.
No início de 1978 assume como presidente do Comerciário o conselheiro Antenor Angeloni, que traçou como meta principal aumentar a relação entre o Comerciário e a população da cidade de Criciúma. Antenor Angeloni declarou que, como não daria para apagar da memória da população com relação aos sentimentos, seria preciso que a alteração partisse do Comerciário.
Portanto, o novo presidente estabeleceu um planejamento para inicialmente colocar o time nas competições mais relevantes e, em seguida, definir uma ligação do clube com a cidade. No dia 17 de março de 1978, em uma sexta-feira, exatamente às 20h40min, iniciou-se a reunião do conselho deliberativo do Comerciário Esporte Clube, com duração de cerca de 3 horas, nas dependências do ginásio Colombo Machado Salles. Uma das pautas era a troca do nome para Criciúma Esporte Clube.
Resumo da história do Cricíuma
O início do processo de votação foi determinado pelo então presidente do Conselho Deliberativo, João Kantowits, o qual escolheu para apuradores dos votos os conselheiros Olavo Sartori e Carlos Borba, tendo como secretário Nereu Guidi. A votação surgiu e cada conselheiro ocupou seu lugar na filha para votar.
No final das votações foi anunciado o resultado final de apontou 51 votos para a troca do nome da agremiação para Criciúma Esporte Clube e de 24 votos pela manutenção do nome de Comerciário Esporte Clube, tendo um voto sido anulado e um foi branco, não votaram três conselheiros. A partir daí, a ideia de jovens criciumenses se transformou em um dos principais clubes de Santa Catarina que segue dando muitas alegrias para torcedores da região.
Vale salientar que no dia 13 de maio de 1984, o Tigre deixou de utilizar as cores azul e branco e começou a usar o branco, preto e amarelo. As tonalidades não foram selecionadas ao acaso e cada uma tem um significado que liga o time à região. O preto simboliza o carvão, uma das principais atividades econômicas dos municípios do Sul de SC. O amarelo corresponde a riqueza da região. O branco era uma cor comum aos times da época e leva a harmonia ao conjunto.
Hino do Criciúma Esporte Clube
O hino oficial do Criciúma conta com letra e música de Carlos Ernesto R. Lacombe
“Lembrando os heróis do passado
Que escreveram seus nomes na história
Ó, Tricolor Predestinado!
A um presente e futuro de glórias
Salve o Criciúma!
No esporte nacional
Salve o Criciúma!
De patrimônio imortal
Na hora da decisão
Numa só voz, grita feliz o meu povão:
Criciúma! Criciúma!
Nosso Clube de amor
Alma, garra e coração!
Criciúma! Criciúma!
Nosso Clube de amor
Alma, garra e coração!
Vibrando estaremos contigo
Desfraldando o teu pavilhão
Onde estiver o mais querido
Dos campeões, o nosso campeão!
Patrimônio do Cricíuma
Carinhosamente chamado de “Majestoso”, o estádio Heriberto Hülse é o lugar onde o Criciúma Esporte Clube manda suas partidas. Foi inaugurado em 16 de outubro de 1955, com uma partida entre Comerciário e Imbituba, onde a equipe imbitubense levou a melhor, vencendo por 1 a 0.
Em 1972 foi construído o ginásio de esportes, que recebeu o nome do governador do Estado, Colombo Machado Salles, como forma de agradecimento pela contribuição financeira dada ao clube para a realização da obra. Atualmente, o lugar é suado por jogadores profissionais, para realização de aquecimento antes das partidas no estádio, bem como para Escolinha de Futebol.
O sonho do Centro de Treinamentos do Criciúma Esporte Clube surgiu em 1995, com a doação de um terreno com 10 hectares de área pela administração municipal. A área possui seis campos de futebol com medidas oficiais para o uso das equipes da base e o profissional do Tigre. Um dos campos para jogos amistosos, além de treinos, com dois vestiários, cabine de imprensa e arquibancada ecologicamente sustentável, com capacidade para 1.400 pessoas, além de um bloco com banheiros sanitários e uma lanchonete com terraço.
Ídolos do Criciúma Esporte Clube
O Criciúma possui grandes ídolos na sua história, como Itá, Gelson, Grizzo, Soares e Jairo Lenzi, além do goleiro Alexandre. Wilson Vaterkemper, o Wilsão, também é lembrado por seus números: disputou 400 partidas com a camisa do clube, faturando sete títulos, sendo o jogador do Tigre com mais títulos pelo clube.
Escudo do Tigre
No dia 2 de abril de 1978, ainda de camisa azul, o Criciúma realizou o primeiro jogo da sua história, em um amistoso contra o Clube Náutico Marcílio Dias de Itajaí. Gradativamente, os laços entre Comerciário e Criciúma foram se distanciando, e o escudo foi trocado pelas iniciais do time. Em 1984, novamente na presidência do Antenor Angeloni, o Tigre finalizou o processo de unificação do futebol na cidade, apostando em um símbolo novo e as cores amarela, branca e preta.
Logo depois, o clube faturou os títulos estaduais de 1986, 1989, 1990 e 1991, cada qual com sua respectiva estrela. Em 1991, o Criciúma foi campeão da Copa do Brasil, o seu primeiro título brasileiro, e uma nova estrela ganhou destaque das demais.
Novos títulos estaduais se repetiram em 1993, 1995, 1998 e 2005, mas, a diretoria resolveu homenagear apenas as conquistas nacionais. Hoje, o escudo tem três estrelas, referentes, além da Copa do Brasil, aos Campeonatos Brasileiros das Séries “B” e “C”, conquistados respectivamente em 2002 e 2006.
Mascote do Criciúma
Antigamente, os trabalhadores do comércio eram chamados de ‘Bacharéis do Comércio’. Com a fundação do Comerciário Esporte Clube, optou por este título de bacharel, para o seu mascote oficial, denominado “Bacharel da Pelota”, representando os comerciários e o futebol.
Com a modificação do nome e das cores nos anos seguintes, muitos torcedores passaram a levantar a possibilidade de um novo mascote para representar a equipe. E, vinculado às novas cores com algo que pudesse representar, chegaram a imagem do Tigre, que conta com as tonalidades. Sendo assim, Sérgio Brody desenhou um novo mascote.
É importante frisar que inúmeras figuras de Tigre representaram o mascote, oficiais ou não, inclusive o Tigre Carvoeiro, de Zé Dasilva. O mascote com a personalidade mais inusitada do Tigre é o Tigrelino, já aposentado, que segue interagindo com a torcida nas redes sociais. Em 2011, o Tigrelino se aposenta, e dá lugar para o Tigrão, nosso atual mascote oficial.