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Foi bem bonita a homenagem da Uefa, com um prêmio especial, para os “heróis de Copenhague” que salvaram Eriksen

Anualmente, a Uefa oferece uma premiação especial para homenagear ações marcantes no futebol que extrapolem o jogo em si – o chamado President’s Award. E, neste início de temporada, o merecido reconhecimento foi dedicado aos chamados “heróis de Copenhague” – os responsáveis pelo resgate de Christian Eriksen após o colapso sofrido pelo meia durante a primeira rodada da Eurocopa. A equipe médica presente no Estádio Parken foi condecorada, assim como o médico e o fisioterapeuta da seleção dinamarquesa, além do capitão Simon Kjaer. Eles foram aplaudidos e receberam troféus nesta quinta, no início da cerimônia que sorteou os grupos da Champions League.

Dentre os nove homenageados, apenas Kjaer não estava presente. O capitão da Dinamarca gravou uma mensagem e agradeceu pelo prêmio, ressaltando como deveria estar ao lado dos companheiros na homenagem. Em compensação, todos os membros da equipe médica subiram ao palco, chamados nome a nome para ganharem os aplausos: Morten Boesen, médico da seleção; Morten Skjoldager, fisioterapeuta da seleção; Jens Kleinefeld e Valentin Velikov, médicos do estádio; e Mogens Kreutzfeldt, Frederik Flensted, Anders Boesen e Peder Ersgaard, membros da equipe médica designada pela Uefa à partida.

Durante a homenagem, os médicos ressaltaram como a ação rápida foi decisiva para salvar Eriksen e como todos estavam muito bem preparados para a ressuscitação. Também apontaram como a força dos jogadores foi essencial para manter a tranquilidade ao redor de Eriksen. Por fim, afirmaram que o episódio conscientizou mais pessoas, que passaram a procurar treinamento para salvamentos do tipo. Ao saírem do palco, os oito homenageados foram aplaudidos mais uma vez, em pé, por todos os presentes. A Uefa, embora tenha errado ao acelerar a retomada do jogo contra a Finlândia no mesmo dia, ao menos demonstra um senso de humanidade com a condecoração.

“Corremos ao campo para ajudar Christian e fazer nosso trabalho. Fizemos o que deveríamos, aquilo que fomos ensinados, aquilo que fomos treinados para fazer. Todo mundo sabia seu papel, todo mundo sabia o que fazer. Não estávamos emocionados diante da cena. Depois de tudo, logicamente, ficamos igual a todos: estávamos felizes e orgulhosos”, afirmou Mogens Kreutzfeldt, chefe da equipe médica do jogo.

Eriksen não participou do evento, mas enviou uma mensagem publicada pela Uefa antes da entrega do prêmio: “Gostaria de agradecer ao time médico que me ajudou no Estádio Parken. Vocês fizeram um trabalho fantástico e salvaram minha vida. Também muito obrigado a meu amigo e capitão Simon, bem como aos meus companheiros de seleção pelo apoio, tanto no dia 12 de junho quanto depois disso. Obrigado a todos os torcedores que mandaram mensagens a mim e à minha família. Isso significa muito e nos deu forças. Obrigado”.

Eriksen segue em recuperação, após realizar uma cirurgia para acoplar um cardiodesfibrilador interno em seu coração. O meio-campista não tem previsão de volta aos gramados. Mais importante, porém, é a chance de retomar sua vida sem sequelas graves depois de um episódio tão grave – o que valoriza mais a ação dos “heróis de Copenhague”.

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