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Liverpool não deu bola à dificuldade do grupo e garantiu vaga e primeiro lugar com duas rodadas de sobra

O Liverpool encerrou uma temporada extremamente complicada, em que sofreu com lesões e correu o risco de ficar fora da Champions League, com uma sequência de bons resultados que lhe garantiu vaga na competição europeia. O crescimento transbordou para a atual campanha e, a cada semana, o time se parece mais com o que conquistou a Inglaterra, a Europa e o Mundo. Grande evidência disso é que garantiu não apenas a vaga nas oitavas de final como também o primeiro lugar do grupo mais difícil da Champions com duas rodadas de antecedência ao vencer o Atlético de Madrid, em Anfield, por 2 a 0.

O rendimento do Liverpool ainda não está no mesmo patamar dos melhores momentos com Klopp, principalmente pela tendência a perder o controle da partida, como fez no fim de semana contra o Brighton ou nos primeiros jogos diante de Milan e Atlético de Madrid. Mas quatro vitórias em quatro rodadas na fase de grupos da Champions, com muitos momentos dominantes e começos arrasadores, são um ótimo sinal. Com 12 pontos, não pode mais ser alcançado pelo segundo colocado Porto, com cinco.

O equilíbrio esperado para esta chave aparece mais para baixo. O Milan agora sonha que pode se classificar se conseguir vencer no Wanda Metropolitano, de preferência por mais de um gol de diferença, e depois os prováveis reservas do Liverpool na última rodada. Um empate no confronto direto que se desenha decisivo entre Atlético de Madrid e Porto na partida final seria bem vindo. Os portugueses têm um ponto a mais que os espanhóis, mas ainda visitarão Anfield. As rodadas finais do Grupo B serão interessantes.

O Liverpool ganhou o direito de poupar seus principais jogadores, se Jürgen Klopp decidir que é necessário. Uma grande vantagem para tentar uma arrancada no Campeonato Inglês. Mais uma vez, começou marcando gols muito cedo, mas conseguiu controlar melhor o restante, com a ajuda da expulsão de Felipe, aos 36 minutos do segundo tempo. Correu menos riscos de deixar o resultado escapar.

Sem Andrew Robertson, Kostas Tsimikas começou na lateral esquerda. Klopp também colocou Joel Matip na defesa, Alex Oxlade-Chamberlain e Fabinho no meio-campo e escalou o seu trio de ataque com Diogo Jota ao lado de Mohamed Salah e Sadio Mané. Diego Simeone entrou com três zagueiros, Kieran Trippier e Carrasco pelas alas, Koke e De Paul no meio, com João Félix, Ángel Correa e Suárez responsáveis pelo setor ofensivo. Bem no fim de semana, Antoine Griezmann estava suspenso por ter sido expulso no jogo de ida.

Trent Alexander-Arnold estava com o pé afiado nas assistências. Cruzou para Diogo Jota sair entre os zagueiros antes de cabecear na boca do gol para abrir o placar e depois encontrou também Sadio Mané com um chute cruzado. Em cerca de 20 minutos, o Liverpool havia transformado seu domínio em uma vantagem relevante, mas, como ficou claro no jogo passado, longe de ser irrecuperável.

O Atleti sabia disso. Melhorou depois de levar o segundo gol. Avançou um pouco as linhas, pressionou, tentou gerar erros da defesa do Liverpool. Mas, aos 36 minutos, Felipe deu um pontapé por trás em Mané, que arrancava na intermediária defensiva, e recebeu cartão vermelho. Um lance que dividiu opiniões porque não foi uma entrada necessariamente violenta, nem impediu uma chance clara e manifesta de gol. Ainda assim, foi dura o suficiente para o árbitro Denny Makkelie, da Holanda.

Matip, tomando gosto por ser meia armador, deu um lindo passe entre todas a defesa do Atlético de Madrid para deixar Diogo Jota na cara de Jan Oblak, no começo do segundo tempo. O português chegou a ampliar para 3 a 0, mas estava em posição de impedimento. Poucos minutos depois, Salah arrancou pela direita com uma velocidade estonteante, entrou na área e tentou tocar na saída de Oblak. Mas estava próximo demais. O rebote sobrou na segunda trave, onde De Paul impediu que Jota marcasse.

O único momento em que a vitória do Liverpool realmente ficou em risco foi com o gol de Luis Suárez, aos 11 minutos, com um chute da entrada da área que desviou em Matip e matou Alisson. No entanto, houve impedimento no começo da jogada. A anulação praticamente encerrou a partida. Simeone fez suas substituições, incluindo tirando Suárez. Klopp também rodou o seu elenco.

Após outra boa dose de drama na primeira hora da partida em Anfield, os 30 minutos finais foram muito mais protocolares. O Atlético de Madrid ainda tem trabalho a fazer para se classificar às oitavas de final. Recebe o Milan na próxima rodada e depois visita o Estádio do Dragão. O trabalho do Liverpool já está feito.

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