Antes da vinda de Frederico Essenfelder, o Fritz, de Pelotas (RS) para Curitiba, jovens imigrantes já praticavam o futebol na região. Além disso, chegavam notícias que, em Ponta Grossa, o Club de Foot Ball Tiro Pontagrossense também praticava o esporte fazia alguns meses. Em setembro de 1909, ocorria o primeiro convite para uma partida na cidade do interior paranaense.
O time seguiu de trem até Ponta Grossa para realizar o primeiro jogo da história do Coritiba. Em 24 de outubro, os times se enfrentaram na primeira partida interclubes que se possui registro no estado. Mesmo com a derrota por 1 a 0, a intenção de fundar outro clube seria concluída, uma vez que no Clube Ginástico Teuto Brasileiro, o “Turnverein”, onde os curitibanos se reuniam para praticar esportes, o novo esporte não foi muito bem recebido.
Três dias depois do primeiro confronto, em 27 de outubro de 1909, no Teatro Hauer, foi fundado o Coritibano Foot Ball Club, nome que depois foi alterada para Coritiba. Por indicação de João Viana Seiler, o primeiro presidente do Coxa, a data oficial de fundação passou para no Teatro Hauer, foi fundado o Coritibano Foot Ball Club, quando os jovens se encontraram pela primeira vez para começar a organização a viagem para a partida em Ponta Grossa.
Depois de achar um local adequado para a prática do futebol, no antigo Jockey Club, onde hoje é a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), o grupo devolveu o convite dos pontagrossensses para uma partida em Curitiba. A nova sede do clube estava sempre cheia, porém, em 12 de junho do ano seguinte, a capital recebeu o primeiro jogo de futebol, festejado com uma comemoração que se estendeu por três dias. O resultado? Vitória do Coxa por 5 a 3.
Hino Oficial
O hino conta com letra e música de Cláudio Ribeiro e Homero Réboli.
“Lá no alto de tantas glórias
Brilhou, Brilhou um novo sol
Clareando com seus raios verde e branco
Encantando o país do futebol
Palco de artistas, jogadores, de um passado sem igual
Da arte dos teus grandes valores
O seu nome pelo mundo vai brilhar
Coritiba, Coritiba campeão do Paraná
Tua camisa alviverde
Com orgulho para sempre hei de amar
Jogando pelos campos brasileiros
Despertando na torcida emoção
Coritiba Campeão do Povo
Alegria do meu coração
Coxa, Coxa, é garra, é força, é tradição
Coxa, Coxa, explode coração”
Ídolos do Coritiba
Uma história vitoriosa é permeada por personagens que se tornam inesquecíveis pelos seus feitos. No Coritiba, craques jogaram por amor à camisa, tornaram-se ídolos e marcaram épocas. A lista tem nomes como Maxambomba, Luiz Abram, Fritz, Pizzatto, Stacco, Ninho, Rei, Neno, Fedato, Célio, Nico, Kruger, Bequinha, Jairo, Zé Roberto, Oberdan, Alandim, Rafael, Tostão, Lela, Pachequinho, Cléber, Alex, entre tantos outros.
Patrimônio do Coritiba
O Estádio Major Antônio Couto Pereira, popularmente conhecido apenas como Couto Pereira, foi fundado em 20 de novembro de 1932. A cada do Coritiba por medidas oficiais com 105,00m x 69,00m, recebendo partidas extremamente importantes e que será de grande valia para o clube ao longo da disputa do Campeonato Brasileiro da Série A neste ano. O maior público do estádio foi registrado durante a visita do Papa João Paulo II, no dia 5 de agosto de 1980, com 80 mil pessoas reunidas.
Já o Centro de Treinamento da Graciosa, como também é chamado o CT do clube, foi inaugurado em 1997 e recebeu o nome do presidente que o idealizou. Com acesso restrito, o lugar fica apenas a dez quilômetros do Couto Pereira e é usado pelo grupo principal, categorias de base e delegações visitantes.
Segundo o site oficial, o CT possui campos, clínicas, piscina, equipamentos de musculação, prevenção e tratamento e estrutura necessária para atividades esportivas de alto rendimento. No mesmo local está o Centro de Excelência do Esporte do Coritiba (CEECOR), espaço que unifica a atuação dos profissionais/cientistas com missão de aplicar as mais modernas técnicas das inúmeras disciplinas na estrutura física alviverde.
Vale salientar que o clube adquiriu, em 2011, uma área situada na cidade de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. O lote possui 450 mil metros quadrados, estando apenas a meia-hora do centro de Curitiba e representou uma das maiores compras patrimoniais do Coxa desde sua fundação.
Escudo do Coritiba Foot Ball Club
Muito antes da confecção do atual símbolo, o primeiro escudo do Coritiba foi criado ainda na década de 1910, todavia, foi descoberto somente um século depois por historiadores. Segundo o Art. 9º do Estatuto do Coritiba, o emblema é constituído: por um círculo, simbolizando o globo terrestre; nas partes superior e inferior, desenho raiado, fazendo menção às calotas polares em visual de alto relevo; em torno do círculo, no interior de duas linhas paralelas periféricas, está o nome CORITIBA FOOT BALL CLUB, por extenso, com a grafia PARANÁ no espaço inferior; e, com destaque no centro de globo, as iniciais CFC.
Já as cores verde e branca, correspondem à bandeira do estado do Paraná, a estrela dourada, acima do escudo, sendo o símbolo da maior conquista do Coritiba, o Campeonato Brasileiro de 1985.
Mascote do Coxa
O mascote do Coritiba possui a figura de um velhinho com aparência germânica: o Vovô Coxa. Esse simpático personagem foi apontado como mascote por representar muito bem as tradições da equipe. Ele remete às origens do Coritiba, é a alegoria perfeita do Coxa antigo. No entanto, esse mascote somente se tornou oficial em 1957.
Facilmente identificado pela maioria dos torcedores, poucos sabem que o mascote do Coxa tem ligação com um personagem real, o velho Max Kopf, torcedor-símbolo da equipe alviverde na primeira metade de sua gloriosa história.
Ele morava uma quadra do campo do Coritiba, e não faltava a nenhum jogo. Considerado uma espécie de amuleto do time alviverde, quando chegava ao estádio era saudado efusivamente por amigos e torcedores. Quando a equipe viajava, os atletas pediam que Max fosse levado junto no ônibus.
Vítima de um câncer na garganta, Max Kopf morreu em 2 de setembro de 1956. No mesmo mês, o então presidente do Coritiba, Aryon Cornelsen, realizou um concurso de desenhos para eleger o que melhor representasse a nova mascote do clube, um velhinho com cachimbo.