A história do Fluminense Football Club começou no dia 21 de julho de 1902, por intermédio de Oscar Cox, jovem filho de um cidadão inglês vice-cônsul da Inglaterra no Equador. Na ocasião, o clube surgiu com as tonalidades branco e cinza. Cox foi também um dos responsáveis pela chegada do próprio futebol ao território nacional.
Nas diversas viagens à Terra da Rainha, sempre retornava com novidades, bolas, equipamentos esportivos e os regulamentos. O próprio inglês atuou e foi campeão Carioca em 1906, quando o Fluminense já estava pinado de verde, branco e grená. As dificuldades para comprar o tecido cinza para confeccionar o material original, em 1904, foi aprovada a mudança das cores, nascendo o Tricolor.
Na vanguarda esportiva da América do Sul, o Flu construiu primeiro estádio de cimento, o Estádio das Laranjeiras, que sediou o Campeonato Sul-Americano de Seleções, atual Copa América, e dos Jogos Olímpicos Latino-Americanos, atualmente Jogos Pan-Americanos, e foi palco do primeiro título relevante da Seleção Brasileira.
Resumo da história do Fluminense
Considerada o Prêmio Nobel do Esporte, o Fluminense é o único clube da América Latina que possui a Taça Olímpica, em 1949, além de ser o único clube de futebol do planeta a ter seu nome inscrito na honraria concedida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) por serviços prestados ao esporte.
Foi de Preguinho, um dos ídolos tricolores, o primeiro gol da Seleção Brasileira em Copas do Mundo. Desde Cox, muitos craques passaram pelo Fluminense e fizeram a alegria de milhões de torcedores. Além dele, a existência do Flu foi engrandecida por nomes como Pinheiro, Hércules, Escurinho, Waldo, Orlando Pingo de Ouro, Welfare, Ademir de Menezes, Rivellino, Altair, Jair Marinho, Gerson, Marcos Carneiro de Mendonça, Félix, Castilho, Carlos Alberto Torres, PC Caju, Pintinho, Branco, Didi, Ézio, Romerito, Assis, Washington, Renato Gaúcho, Tele Santana, Romário, Deco, Conca, entre outros.
Tetracampeão brasileiro, campeão da Copa do Brasil e da Copa da Primeira Liga, o Fluminense ainda foi 31 vezes campeão Estadual. Além disso, o clube das Laranjeiras foi vice-Campeão das Copas Libertadores da América e Sul-americana.
Hinos
Como acontece com diversos clubes, o Fluminense conta com um hino oficial e uma outra versão que conquistou o carinho do seu torcedor. O primeiro ano possui letra feita por Coelho Neto sobre a música de Jack Judge e Harry Williams — It’s a Long Way to Tipperary — e foi executado pela primeira vez na solenidade de inauguração da 3ª sede do clube, a 23 de julho de 1915.
O hino oficial possui letra e música de Antônio Cardoso de Menezes Filho, criado em 1916 para assumir o lugar do primeiro hino do clube, criado em 1915, e que estava sendo motivo de paródias. Enquanto o hino popular, chamado de Marcha Popular, foi composto somente nos anos 1940 por Lamartine Babo, um dos mais importantes compositores populares do Brasil. A letra contou com colaboração maestro Lyrio Panicali.
Hino Oficial do Fluminense Football Club
Companheiros de luta e de glória
Na peleja incruenta e de paz
Disputamos no campo a vitória
Do mais forte, mais destro e sagaz!
Nossas liças de atletas são mansas
Como as querem os tempos de agora
Ressuscitam heroicas lembranças
Dos olímpicos jogos de outrora
Não nos cega o furor da batalha
Nem nos fere o rival, se é mais forte!
Nossas bolas são nossa metralha
Um bom goal, nosso tiro de morte
Fluminense, avante, ao combate
Nosso nome cerquemos de glória
Já se ouve tocar a rebate
Disputemos no campo a vitória
Hino popular
Sou tricolor de coração
Sou do clube tantas vezes campeão
Fascina pela sua disciplina
O Fluminense me domina
Eu tenho amor ao tricolor!
Salve o querido pavilhão
Das três cores que traduzem tradição
A paz, a esperança e o vigor
Unido e forte pelo esporte
Eu sou é tricolor!
Vence o Fluminense
Com o verde da esperança
Pois quem espera sempre alcança
Clube que orgulha o Brasil
Retumbante de glórias
E vitórias mil!
Vence o Fluminense
Com o sangue do encarnado
Com amor e com vigor
Faz a torcida querida
Vibrar de emoção o tricampeão!
Vence o Fluminense
Usando a fidalguia
Branco é paz e harmonia
Brilha com o sol
Da manhã
Qual luz de um refletor
Salve o Tricolor!
Patrimônio
Além da sede de Laranjeiras e do estádio do Maracanã, onde realizar os seus jogos como mandante, o Fluminense possui dois centro de treinamentos para receber os seus jogadores. As dependências de Xerém, em Duque de Caxias, é destinado para as categorias de base, enquanto o elenco profissional realiza os trabalhos na Barra da Tijuca.
Ídolos
Em maio de 2020, os jornais Extra e Globo realizaram uma votação para determinar os 30 maiores ídolos do Fluzão. A lista conta com Castilho (1º), Fred (2º), Assis (3º), Rivellino (4º), Telê (5º), Romerito (6º), Waldo (7º), Conca (8º), Washington (anos 1980) (9º), Didi (10º), Carlos Alberto Torres (11º), Gérson (12º), Pinheiro (13º), Preguinho (14º), Gum (15º), Thiago Silva (16º), Branco (17º), Ézio (18º), Félix (19º), Renato Gaúcho (20º), Thiago Neves (21º), Deco (22º), Orlando Pingo de Ouro (23º), Paulo Cézar Caju (24º), Marcos de Mendonça (25º), Altair (26º), Ricardo Gomes (27º), Paulo Victor (28º), Diego Cavalieri (29º) e Marcão (30º).
Escudos
O escudo do Fluminense acompanha o padrão suíço dos séculos 18 e 19, tendo Oscar Alfredo Cox estudado neste país no século 19 antes de voltar ao Brasil para propagar o futebol de forma organizada no Rio de Janeiro, o que parece indicar de maneira ainda mais segura, a inspiração para a criação do escudo tricolor, que possui as iniciais do Fluminense entrelaçadas no seu conteúdo.
O estilo das letras é gótico, tipo Old English, cuja origem remonta ao Norte dos Alpes. No dia 3 de maio de 2020, o jornal espanhol Marca finalizou uma votação popular que escolheu o escudo do clube o terceiro mais bonito do planeta. No ano seguinte, a revista inglesa FourFourTwo apontou o escudo entre os 100 mais bonitos do mundo, em 38º lugar, numa lista com somente outros três clubes brasileiros citados.
Mascotes do Fluminense
Os torcedores do Fluminense tiveram a ideia de desenvolver um símbolo para representar o clube: O Cartola. Idealizado pelo grande caricaturista argentino Lorenzo Mollas, o Cartola apareceu elegante, de fraque e cartola com sua imponente piteira, passando a imagem da aristocracia tricolor. Sendo assim, o cartola simboliza os fundadores do clube: os aristocratas cariocas, que representavam a fidalguia e a nobreza de atitude.
Na versão infantil, o mascote era representado pelo personagem Cartolina, que em 2013 adotou a armadura e virou o ‘Guerreirinho’, para representar o espirito de luta e superação dos atletas, devido a conquistas emocionantes.
No Brasileirão de 2009, depois de uma série de resultados improvável, com sete triunfos e quatro empates, que tirou a equipe da zona de rebaixamento quando chegou a ter 99% de possibilidade de cair, o Flu passou a ser celebrado pela torcida como Time de Guerreiros”, fama consolidada no ano seguinte com a conquista do título do Campeonato Brasileiro. Desde, o Fluminense passou a adotar o Guerreirinho como mascote único.