História do Internacional
6 min readTrês irmãos foram os responsáveis diretos pela fundação do Internacional: Henrique Poppe Leão, José Eduardo Poppe e Luiz Madeira Poppe. Eles chegaram em Porto Alegre por volta de 1908, período em que o futebol estava crescendo no Brasil. O bairro de Ilhota foi o berço do time colorado.
O campo da Rua Arlindo, atual Praça Sport Club Internacional, recebeu os primeiros treinamentos da equipes, bem como os primeiros jogos. No entanto, o clube optou por trocar de sede, em 1910, para o Campo da Várzea, atual Parque da Redenção devido aos problemas causados pelas frequentes enchentes no local.
A segunda década de história do Inter representou um divisor de águas. Depois do crescimento nos primeiros anos, o clube enfrentava dificuldades. Em campo, poucos títulos. E fora, a situação financeira bastante complicada. Isso porque o clube quase ficou sem casa e corria risco de fechar. Aguerrido desde o começo, o Colorado conseguiu se fortalecer e levantou a primeira taça estadual, em 1927, começou a construir sua primeira casa própria, o Estádio dos Eucaliptos.
Inaugurado em 1931, no bairro Menino Deus, o estádio foi palco de muitas conquistas e da ascensão do clube. O primeiro jogo foi uma vitória por 3 a 0 em cima do principal rival. Nos anos seguintes, o Inter formou o ‘lendário Rolo Compressor’.
Em 1938, o Colorado venceu por 11 a 0, resultado que precisou ser diminuído para 6 a 0, pois seria “demais para um Gre-Nal”, segundo o árbitro Álvaro Silveira. A partir daí, o Rolo Compressor alcançou a hegemonia no estado. Além de cinco títulos do Campeonato Gaúcho, o time também marcou ao representar a seleção brasileira no título panamericano de 1956, o primeiro título do país em solo estrangeiro.
Resumo da História do Internacional
Na década de 1970, o Colorado se consolidou como uma das maiores forças do país e novo estádio Beira-Rio desencadeou uma época dourada ao vencer três títulos brasileiros, um deles invictos — feito jamais igualado, assim como o octacampeonato gaúcho, conquistado entre 1969 e 1976. Uma década de craques como Falcão, Figueroa, Valdomiro, Carpegiani, Jair e muitos outros.
Os anos 2000 são apontados como uma década mágica para a torcida colorada. Se antes o Inter dominou o Brasil, na primeira década do século XXI a América e o Mundo foram pintados de vermelhos. O eterno ídolo Fernandão foi responsável por levantar a taça da Libertadores, em 2006, em um Beira-Rio lotado. Entretanto, o auge viria no final do ano: o Mundial de Clubes da Fifa. Era de uma inesquecível geração vencedora, que eternizou, além do capitão da camisa 9, nomes como o de Tinga, Índio, Sobis e tantos outros.
Quatro anos depois, o Internacional comemorou o bicampeonato da Libertadores da América, faturando o bi da Recopa, e o ponto inicial da série de títulos que resultou no hexacampeonato gaúcho. Nesse período, o Beira-Rio passava por uma profunda reforma para receber os jogos da Copa do Mundo de 2014.
O projeto ‘Gigante para Sempre’, começou em março de 2012 e levaram dois anos. Dessa maneira, a Casa do Internacional repetiu os feitos do Estádio dos Eucaliptos, em 1950, sendo sede de uma Copa do Mundo. Craques internacionais como Messi, Toni Kross, Robben e Benzema brilharam no gramado do Gigante durante os cinco jogos disputados ali.
Hino oficial
O nome do hino oficial do Internacional é ‘Celeiro de Ases’ e foi composto por Nelson Silva.
Glória do desporto nacional
Oh, Internacional
Que eu vivo a exaltar
Levas a plagas distantes
Feitos relevantes
Vives a brilhar
Correm os anos surge o amanhã
Radioso de luz, varonil
Segue a tua senda de vitórias
Colorado das glórias
Orgulho do Brasil
É teu passado alvirrubro
Motivo de festas em nossos corações
O teu presente diz tudo
Trazendo à torcida alegres emoções
Colorado de ases celeiro
Teus astros cintilam num céu sempre azul
Vibra o Brasil inteiro
Com o clube do povo do Rio Grande do Sul
Ídolos na História do Internacional
Com uma história gigantesca, o Internacional também coleciona uma enorme galeria de ídolos, como Benitez, Gamarra, Manga, Fabiano, Escurinho, Fernandão, Clemer, Adriano Gabiriu, Carlos Kluwe, Abel Braga, Rubens Minelli, Teté, Valdomiro, Claudiomiro, Falcão, Figueroa, Índio, entre tantos outros.
Patrimônio do Internacional
Inaugurado no dia 6 de abril de 1969, o estádio Beira-Rio foi submetido a um processo de modernização antes da Copa do Mundo de 2014. Com o nome ‘Gigante para Sempre’, as obras começaram em março de 2012 e se estenderam por dois meses a fim de receber cinco jogos do Mundial e oferecer uma estrutura de alto nível posteriormente aos jogos do Internacional.
Desde julho de 2012, o grupo profissional do Inter treina no CT do Parque Gigante. O CT do elenco principal do Colorado se situada às margens do Guaíba, com acesso pela Avenida Edvaldo Pereira Paiva (Beira-Rio).
Enquanto o Parque Gigante é um local de lazer disponível aos sócios do Internacional, em uma área privilegiada de Porto Alegre, junto à Orla do Rio Guaíba. O Parque foi fundado no dia 20 de janeiro de 1983. O ginásio de esportes Gigante foi palco de diversos eventos sociais, esportivos e shows com atrações nacionais.
Destinado para os jovens das categorias de base e a Escola Rubra, o CT Morada dos Quero-Queros se situada em Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O local foi inaugurado oficialmente em maio de 2012, sendo reinaugurado em setembro de 2021.
Escudos do Sport Club Internacional
O primeiro distintivo do Sport Club Internacional era formado com as iniciais — SCI — bordadas em vermelho sobre fundo branco, sem a borda vermelha. Logo depois, ocorreu a inversão, com a mescla de letras passando para o branco com fundo vermelho.
Após a conquista da Libertadores em 2006, o distintivo recebeu mais uma estrela 50% maior do que as demais e colocada um pouco acima das quatro, que representam as conquistas dos três campeonatos brasileiros (1975-1976 e 1979) e da Copa do Brasil (1992).
No final do mesmo ano, o Colorado levantou a taça do Mundial de Clubes e a estrela que simboliza o título teve o local trocado, colocada entre às quatro dos títulos brasileiros, para, logo acima dela, ser colocada a majestosa estrela diamante do Mundial.
Mascote do Colorado
O mascote do Colorado é amplamente conhecido, o Saci-Pererê. Os dois ganharam importância, juntos, visto que o clube foi fundado em 1909, e novo anos depois Monteiro Lobato lançou o livro “O Saci-Pererê: resultado de um inquérito”, em que colheu depoimentos de leitores do jornal Estado de S. Paulo para transformar a história oral da lenda do saci em história escrita.
Na década de 1940, o Inter ganhou força nacional com o seu Rolo Compressor, e no mesmo momento apareceu o mascote negro colorado que aprontava todas. A história do combate ao racismo no futebol do Rio Grande do Sul está intimamente ligada ao Colorado. Em 1928, Dirceu Alves colocou a camisa alvirrubra, e os dirigentes contrataram jogadores como Tupan no final dos anos 20, antes de o profissionalismo ser adotado oficialmente.
A figura do saci foi vinculada diretamente ao Inter. A segunda revista do clube, publicada em 1930, era chamada de O Saci e a figura estava presente nos cartuns, nas flâmulas e até em pequenas estatuetas que o clube entregava aos seus atletas de destaque. Em 2016, o Saci virou oficialmente mascote do Inter pela primeira vez documentado no estatuto do clube, após mais de décadas nas graças dos torcedores.