A Confederação Brasileira de Skate (CBSk) através de uma parceria envolvendo a Prefeitura Municipal de Campinas, o Ministério da Cidadania, por meio da Secretaria Especial do Esporte, assinou um contrato para iniciar a construção do primeiro Centro Olímpico de Skate do Brasil.
Com a previsão de inauguração para a segunda metade do próximo ano, o Centro Olímpico de Skate ficará na cidade de Campinas. Além disso, o espaço terá mais de 3100 metros quadrados, pistas de street e park, categorias que trouxeram três medalhas de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Estrutura do Centro Olímpico de Skate do Brasil
Conforme o site do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), o Centro Olímpico de Skate ainda contará com um half pipe (Vertical), sala para atividades administrativas e multidisciplinares, como academia, vestiários, fisioterapia, centro de convivência, alojamentos etc.
“O Centro Olímpico nos permitirá trabalhar com um planejamento mais assertivo e de acordo com os objetivos para a Seleção Brasileira de Skate e o ciclo de Paris 2024. Devido à necessidade de pistas adequadas e de um ambiente mais seguro em relação à pandemia, houve um desgaste muito grande nessa logística nos últimos anos, além do investimento financeiro, para que conseguíssemos oferecer a melhor estrutura para os skatistas se prepararem para os Jogos em Tóquio. É uma conquista importantíssima para o skate brasileiro e suas futuras gerações.”, destacou Eduardo Musa, presidente da CBSk.
Segundo informações do site da entidade, a responsabilidade pela iniciativa ficará com a CBSK, que será repassado a cidade de Campinas para a devida licitação. Também caberá a organização esportiva a administração do lugar, sendo definido um contrato de uma década com possibilidade de renovação pelo mesmo período.
Previsão para inauguração do centro de treinamento
A estimativa é que todo o projeto seja concretizado no próximo ano visando o início das atividades e o funcionamento do centro de treinamento já no segundo semestre de 2022.
Skate estreou no programa olímpico e rendeu três medalhas para o Brasil
O skatista Kelvin Hoefler abriu o quadro de medalhas brasileiro nos Jogos Olímpicos de Tóquio com a prata no skate street. Na estreia da modalidade no programa olímpico, o Brasil conquistou 3 pratas. Kelvin, campeão mundial de 2015, começou a andar de skate dentro de casa: saía da cozinha e ia até a garagem, passando na frente da televisão da sala. Algum tempo depois, o pai improvisou uma mini rampa no quintal da casa em que moravam.
Já a Rayssa Leal conquistou outra medalha de prata no street e encantou o mundo ao torcer pelas outras atletas durante a disputa. Com isso, ela venceu o The Visa Awards, prêmio que reconhece o atleta que mais representou os Valores Olímpicos durante os Jogos.
A campeã mundial de 2019 e bronze em 2021 ficou famosa na internet ao publicar um vídeo realizando manobras de skate fantasiada de Sininho, personagem de Peter Pan. As imagens viralizaram, e a adolescente brasileira passou a ser chamada de Fadinha.
Por fim, Pedro Barros emplacou a terceira prata no skate park nos Jogos e fechou as conquistas da modalidade na estreia do esporte no programa olímpico. O skatista, campeão mundial em 2018 e vice em 2016 e 2017, começou a andar de skate aos três anos e assombrou o mundo ao terminar em terceiro lugar no X-Games de Los Angeles, aos 14.